quarta-feira, 19 de abril de 2017

A formação da Europa Medieval

O QUE É IDADE MÉDIA

O que é a Idade Média? Em que consiste o chamado “períodomedieval”? Durante muito tempo, prevaleceu para nós, ocidentais, uma imagem negativa da Idade Média, imagem essa que foi gestada durante os séculos XVI, XVII e XVIII, quando os conceitos de “modernidade”, “progresso” e “revolução” passaram a emoldurar uma realidade bem distante daquela vivida pelo homem medieval. Além disso, esses conceitos também estavam associados a uma visão de mundo que não era a mesma do medievo. A própria expressão “Idade Média” foi cunhada por intelectuais da Renascença Italiana, que consideravam os mil anos anteriores a eles como um hiato, um “intervalo sombrio”, entre a cultura clássica greco-romana e o resgate dela feito pelos renascentistas.
Somente com o desenvolvimento da história enquanto disciplina científica, na virada do século XIX para o século XX, que estudos sérios e detidos sobre o período medieval desvincularam esse período de sua aura negativa. Esses estudos passaram a descrever, analisar e compreender a complexidade do mundo ocidental durante os dez séculos em que se desenvolveu, de V a XV d.C. Esse longo período foi dividido esquematicamente em duas partes principais: “Alta Idade Média” (século V a século X) e “Baixa Idade Média” (século X a século XV).
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OS POVOS GERMÂNICOS
Sob o aspecto econômico, os germânicos adotavam as trocas naturais e o uso coletivo da terra. Tal característica enfraqueceu as intensas relações comerciais desenvolvidas durante o Império Romano. Com a retração do comércio, as atividades agrícolas, a caça e a pesca ganhavam grande destaque. As terras pertenciam a um grande chefe guerreiro que coordenava o processo de exploração das mesmas. Tal processo de apropriação criou uma classe camponesa dependente de tais proprietários. 

Sem dominar grandes técnicas de cultivo agrícola, os bárbaros faziam um uso itinerante das terras, utilizando-as até o total esgotamento da mesma. Mulheres e escravos eram responsáveis pelo cultivo e o pastoreio. Sem desenvolver uma luxuosa cultura material, os germânicos usavam roupas feitas a partir da pele dos animais e residiam em cabanas rústicas. 

Os povos germânicos tinham uma organização social patriarcal. O homem ocupava o posto de chefe familiar responsável pelas principias decisões referentes à casa, aos conflitos e as terras. Sem contar com bases políticas centralizadas, as tribos germânicas desfrutavam de grande autonomia política. Apenas em determinadas ocasiões, como durante uma guerra, que as tribos selavam acordos entre si. 

Um dos grandes traços da cultura germânica desenvolvia-se entre o chefe militar e seus guerreiros. Em tempos de guerra, os soldados e chefes militares formavam o comitatus. O comitatus consistia em uma relação de fidelidade onde o comandado jurava total obediência ao chefe militar, que se comprometia em proteger os seus soldados. 

A religião dos povos germânicos caracterizava-se pela adoração de vários deuses e alguns elementos da natureza. Odin era uma das principais divindades germânicas. Além disso, o pensamento religioso germânico pregava a fé em um paraíso além-vida chamado de Valhalla. Esse paraíso abrigaria os grandes guerreiros que teriam uma vida de prazeres ao lado das valquírias, um grupo de jovens guerreiras virgens. 
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FONTES
http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-idade-media.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/povos-germanicos.htm

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