quarta-feira, 19 de abril de 2017

A EXPANSÃO DO ISLÃ

Entre os séculos VII e VIII, o Império Islâmico alcançou sua maior extensão territorial, abarcando terras desde a Ásia Central até a Península Ibérica, passando pelo norte da África. Essa rápida ascensão pode ser explicada pela unidade conseguida entre os árabes realizada pelo advento do islamismo e de sua adoção como religião.
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A origem do império está na Península Arábica, região desértica ocupada pelos árabes, que se dedicavam principalmente ao comércio, seja através das caravanas de beduínos no deserto ou nas cidades próximas ao litoral, como Iatreb e Meca. Foi nessaúltima que nasceu Maomé, membro da tribo dos coraixitas, por volta de 570, e onde ele iniciou a difusão da crença em um deus único, Alá. Os árabes eram politeístas, adorando animais e plantas. A cidade de Meca era um centro religioso por abrigar o templo onde se encontrava a Pedra Negra, um possível meteorito tido como sagrado, que ficava guardado na Caaba, junto a várias imagens dos demais deuses.
Maomé afirmava que durante mais de vinte anos, em suas meditações, estivera em presença do anjo Gabriel, que em suas mensagens dizia a ele existir apenas um Deus, condenando a adoração dos demais deuses árabes. Dizia ainda que Maomé era mais um dos profetas de Deus, como Moisés e Jesus, e deveria difundir pelo mundo a verdade divina repassada nas mensagens. Maomé iniciou suas pregações em Meca, conseguindo adeptos principalmente entre a população pobre. Os ricos membros da tribo dos coraixitas viam a pregação monoteísta como uma ameaça ao seu poder econômico e religioso, já que a economia girava principalmente em torno da peregrinação à cidade para visitas à Caaba, e as pregações monoteístas poderiam expulsar os visitantes.
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O que é Jihad:
Jihad-islâmica
Guerra Santa
Cinco Pilares do Islã
Chahada
O primeiro pilar do islã é a chahada, ou profissão de fé. Suas palavras proclamam a unidade de Deus e a importância do Profeta: "Só há um Deus e Maomé é o Seu profeta". A chahada é o testemunho da fé islâmica e condição básica para a conversão - ao recitar com sinceridade essas palavras, o fiel prova sua aceitação da fé.
Salat
O salat (prece ritual) é o segundo pilar do islã. Um muçulmano deve orar cinco vezes ao dia voltado para Meca. A oração em comum, Jum'a, tem lugar na mesquita toda sexta-feira à tarde. Os horários do salat são anunciados pelo almuadem na mesquita.
Zakat
O Zakat - dinheiro para os pobres.
Os muçulmanos são obrigados a ajudar os necessitados dando-lhes esmolas. Isso é conhecido como zakat, ou purificação, o terceiro pilar do islã. Ele implica a noção de que Deus pode ser venerado indiretamente ao mostrar gratidão por Seus favores.
Sawn
O jejum, ou sawm, é o quarto pilar do islã. Ele é praticado durante o ramadã, nono mês do ano lunar. Os muçulmanos não devem comer nem beber do amanhecer até o fim da tarde. O jejum é quebrado ao anoitecer, em geral com tâmaras e água, antes de se fazer uma ceia em casa.
Hadj
Os muçulmanos que têm condições para isso devem fazer o hadj, ou peregrinação a Meca, ao menos uma vez na vida. Esse é o quinto pilar do islã. É realizado no décimo segundo mês do ano, conhecido como dhu al-hijja. Os peregrinos vestem roupas brancas sem costura (ihrams), também usadas como mortalhas.
Os peregrinos usam ihrams.

A perseguição a Maomé e seus seguidores intensificou-se, obrigando-os a fugir para Iatreb, cidade ao norte de Meca, em 622. O episódio ficou conhecido como Hégira e marcou o início do calendário islâmico. Em Iatreb (depois denominada Medina, cidade do profeta), Maomé conseguiu converter a população e formar um exército para conquistar Meca em 630. Maomé morreu em 632, mas nesse período de dez anos entre a Hégira e sua morte ele conseguiu unificar as tribos árabes e convertê-las ao islamismo, em boa parte graças ao jihad, o esforço a favor de Deus, subjugando militarmente os recalcitrantes.

SUCESSÃO DE MAOMÉ
Até a sua morte Maomé havia conquistado toda a Península Arábica, e os quatro califas que o sucederam expandiram o território do império para a Pérsia, Mesopotâmia, Palestina, Síria e Egito. Os califas eram os “sucessores do Profeta de Deus”. Porém, havia o problema da sucessão, surgindo o debate se seriam os membros da tribo coraixita ou os descendentes diretos de Maomé que o sucederiam. O primeiro califa acabou sendo o sogro de Maomé, Abu-Béquer. O Império Islâmico era um Estado teocrático, com o califa exercendo as funções de chefe religioso e chefe de Estado. Apesar de empreenderem uma guerra pela difusão da nova religião, os árabes foram tolerantes com cristãos e judeus nos territórios conquistados, pois eram considerados os “Povos do Livro”, indicando uma herança religiosa comum.
O quarto califa, Ali, genro de Maomé, foi derrubado pelos membros da tribo dos Omíadas, ligados ao califa Otman, iniciando uma nova dinastia. No período dos Omíadas, entre 661 e 750, o Império Islâmico conheceu sua maior extensão territorial, somando territórios na Índia, Ásia Central, norte da África e Península Ibérica, sendo contidos pelos francos em 732, na Batalha de Poitiers, passando ainda a capital para Damasco. Foi nesse período que houve a principal divisão entre os muçulmanos, o que resultou nos sunitas e xiitas, que uniram divergências sucessórias às questões religiosas. Os sunitas adotavam os preceitos da Suna, livro dos ditos e feitos de Maomé, e do Corão, além de acreditarem que a eleição dos chefes deveria ser livre. Os xiitas, pelo contrário, assumiam a ligação apenas ao Corão e apontavam a necessidade de uma liderança centralizadora.
A JIHAD
Jihad é um termo árabe que significa “luta”, “esforço” ou empenho. É muitas vezes considerado um dos pilares da fé islâmica, que são deveres religiosos destinados a desenvolver o espírito da submissão a Deus.
O termo jihad é utilizado para descrever o dever dos muçulmanos de disseminar a fé muçulmana. É também utilizado para indicar a luta pelo desenvolvimento espiritual.
Ao contrário do que muitas vezes é dito, jihad não significa uma guerra santa, implica mais uma luta interna com o objetivo de melhorar o próprio indivíduo ou o mundo à sua volta. Existem grupos extremistas que usam métodos violentos para transmitirem as suas ideias, mas esse não e o conceito original de jihad.
O conceito de jihad tem dois significados para a religião muçulmana: a luta pela melhoria pessoal sob as leis do islamismo e a luta em busca de uma melhor humanidade, por meio da difusão da influência do islamismo e com o esforço que os muçulmanos devem fazem para levar a religião islâmica para um maior número de pessoas.
O esforço pessoal, espiritual e introspectivo para controlar seus impulsos, sua ira e perdoar os pecados em nome de Alá, é considerado para os muçulmanos a maior jihad.
O segundo significado, a jihad externa, está bem representada na palavra de Maomé, nela os muçulmanos são instruídos a usar meios combativos para difundir a paz e a justiça da religião islâmica para áreas que não estejam sob a influência do profeta Maomé.
Jihad-islâmica é uma organização palestina nacionalista, de orientação fundamentalista, que surgiu na década de 70, na Faixa de Gaza, criada por estudantes egípcios que achavam a Irmandade Muçulmana moderada demais e não comprometida com a causa palestina. Seu objetivo é destruir Israel e criar um Estado islâmico na região, sob o controle dos palestinos.
O grupo extremista é a mais independente das facções muçulmanas e conta com o apoio restrito da população. Seu líder espiritual é Abd al-Aziz e o líder principal é Ramadan Shallah, um palestino educado no Reino Unido.
A “guerra santa” é um recurso extremista usado pelas religiões monoteístas, ao longo da história, para proteger seus dogmas ou seus lugares sagrados. Esse recurso é usado também como estratégia geopolítica de expansionismo das civilizações. As principais guerras santas, já travadas ao longo da história, tiveram origem no Cristianismo e no Islamismo.
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CULTURA ÁRABE
cultura árabe manifestou-se principalmente na arquitetura e na literatura. A arquitetura árabe foi grandemente influenciada pela arquitetura persa, indiana e bizantina. As edificações mais célebres foram as mesquitas, construções requintadas e decoradas luxuosamente com fragmentos das sentenças do Alcorão, figuras geométricas, plantas e flores, formando belíssimos arabescos. A representação de figuras humanas ou de animais era proibida.
Na poesia destacou-se Muttanabi, que viveu nos fins do século X, porém o mais conhecido foi Omar Kayam, autor do famoso Rubaiyat (quadras ou quartetos), que ficaram conhecidos a partir da tradução de Edward Fitzgerald, em 1839. O mais famoso exemplo da prosa muçulmana é a coleção de histórias denominada Mil e uma noites que reúne fábulas, histórias de aventuras, anedotas e contos familiares, geralmente reflexos da vida requintada do califado de Bagdá.
Na matemática, os árabes desenvolveram os algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero. Na medicina, os alquimistas árabes foram os precursores da química moderna. Conta-se que as preocupações com a natureza e a transformação ocorrida nos corpos fizeram com que os alquimistas buscassem o elixir da longa vida. Os resultados obtidos foram bem mais modestos, mas permitiram a descoberta de novos compostos químicos como o álcool, assim como as propriedades fundamentais dos ácidos e sais.
Na filosofia, os árabes foram sensíveis à influência de Aristóteles. Aliás, foi através desse povo que a Idade Média Ocidental se impregnou do pensamento aristotélico. Seus maiores pensadores foram os médicos Avicena e Avirrois, muito lidos, sobretudo, nas escolas e universidades medievais até o século XVII. A efervescência cultural durante a Idade Média foi alvo de forte influência desses médicos. Então poderíamos dizer que a cultura ocidental do período se desenvolveu graças à grande influência da civilização árabe – e mais do que da civilização bizantina, foi dela que a cristandade no medievo herdou os legados da ciência e da filosofia helênica.

FONTES
http://brasilescola.uol.com.br/historiag/ascensao-queda-imperio-islamico.htm
https://www.significados.com.br/jihad/
http://alunosonline.uol.com.br/historia/a-cultura-arabe.html
http://www.nossotemplo.com.br/islamismo_cinco_pilares.htm

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